Arbil, apostando por los valores de la civilización cristiana

Por la Vida, la Familia, la Educación, la dignificación del Trabajo, la Unidad histórica, territorial y social de la Nación, y por la Regeneración Moral y Material de nuestra Patria y el mundo

 


Indice de contenidos

Texto completo de la revista en documento word comprimido
Anatomía, fisiología, patología, terapéutica y plerosis de la Nación
Neoesclavitud
Vintila Horia(II): El novelista, escritor de la resignación metafísica
Editorial
Un "Mundo Feliz"
O novo rosto do Terrorismo
La percepción de la inseguridad en España
Demagogia con pólvora del rey
Una consecuencia ineludible del "Plan Ibarretxe"
El humorismo inglés
El aborto y la Constitución
El alcance de la ética procedimental a la luz de la Doctrina Social de la Iglesia
La Masonería invisible, desvelada por Ricardo de la Cierva
Beneficios del matrimonio ("El matrimonio ¡ Qué bicoca!")
Importancia de la formación. Ser hombres de principios y de acción
La Virgen del Pilar y la Guardia Civil
De la Polis griega a la civitas christiana ( y IV)
Origen y fracaso del nacionalismo catalanista de Cambó
Biblia y "teología" gay
El impacto de la inmigración en las prisiones españolas
Historia de la confesionalidad
¿Es tabú hablar de la abstinencia?
El jardín de los monstruos: El mito según la escuela semiótica rusa
El conflicto en Tierra Santa (II)
Méndez, Fidalgo, y el miedo a la libertad
La Edad de Plata en España
Ortodoxos: la otra cara del ecumenismo.
La mafia
Léxico español en el sudoeste de Estados Unidos
El movimiento católico en Italia
El esperanto, ¿una lengua para la Europa unida?
El Rosario: ¿Es solamente una tradición de los hombres?
Textos Clásicos: Filosofía del Quijote: (un estudio de antropología axiológica)


CARTAS

Revista Arbil nº 62

O novo rosto do Terrorismo

por J. Luis Andrade

Desde o principio da Idade Moderna que nos tem vindo a dizer que Deus sera irreversivelmente enterrado qualquer dia e que a Gloria era, afinal, uma galderia e o Heroi o seu proxeneta.
Dizem os Materialistas que o grande impulsionador social e o Ouro.
Acontece, porem, que as culturas de que falamos nao sao filhas de Marx, nem sobrinhas de Freud nem netas de Rousseau, pelo que Deus, Gloria e Heroi tem um significado que, para nos, ha muito se desvaneceu



Um ano volvido apos o hediondo crime perpetrado por terroristas nos Estados Unidos, a maioria dos analistas da nossa Nomenklatura continua ainda a tentar encontrar razoes para explicar o sucedido.

Grave falha de seguranca dos aeroportos e imprevidencia dos servicos de informacao americanos! Clamam uns; operacao sofisticadissima que poucas organizacoes no Mundo seriam capazes de levar a cabo, dizem outros.

Com toda a probalidade, nao foi nem uma coisa nem outra.

E afinal, isso ainda agrava mais o impacto do incidente, contribuindo negativamente para a percepcao que o cidadao comum ocidental passa a ter da sua seguranca, ou melhor, da sua inseguranca.

E obvio que foi necessario um eximio e bem controlado plano mas, se exceptuarmos o nivel conceptual e organizacional, quer os recursos financeiros quer os tecnicos envolvidos nao foram de grande monta.

Um exercicio de reflexao, distanciado e profissional, ter-nos-ia permitido relembrar que uma das primeiras regras que enquadram o conceito de Seguranca e que esta e inatingivel a 100%.

Em ultima analise, nenhuma estrutura de prevencao sera capaz de garantir a neutralizacao de todos os actos criminosos que venham a ser projectados, sobretudo nas actuais circunstancias da globalizacao galopante.

Em qualquer actividade ha sempre uma dose de risco envolvida, podendo este ser minimizado, transferido (e o negocio dos seguros) ou controlado, actuando sobre os alvos a proteger ou sobre as ameacas potenciais.

Ao nivel dos Estados, esta e uma competencia de quem tem a prevencao, a monitorizacao e a contencao das actividades perigosas, onde, obviamente, se incluem as terroristas.

Acontece, porem, que as formas como o terrorismo se manifesta nos nossos dias sao radicalmente diferentes das das epocas anteriores.

Por exemplo, os ataques sao hoje mais letais, envolvendo amiude processos e armas de destruicao em larga escala.

Ate aos anos 90, a maioria das organizacoes terroristas tinha objectivos politicos bem definidos e, concomitantemente, procuravam afinar os seus ataques por forma a produzir um impacto suficiente para atrair atencao sem, contudo, por em causa o apoio dos seus potenciais simpatizantes.

A tendencia para o aumento de vitimas reflecte bem a mudanca nas motivacoes dos terroristas de hoje.

Estimulados por odios de raiz cultural, religiosa ou etnica ou por visoes de um futuro pos-apocaliptico, nao perseguem nenhum objectivo politico concreto para alem do facto de procurarem castigar os seus inimigos, matando tantos quanto possivel sem qualquer preocupacao pelo que o publico possa pensar sobre os massacres.

Esta viragem nos motivos e no modus operandi dos terroristas tem levado a uma mudanca na forma como os grupos se organizam e comunicam entre si.

Como nao precisam de agendar programas de actividades, precisos e concretos, tem menos necessidade de se enquadrar em organizacoes hierarquicamente estruturadas.

Em vez disso, podem utilizar relacoes aligeiradas entre grupos que comungam das mesmas ideias e preocupacoes, espalhados por espacos transnacionais.

Comunicam entre si recorrendo muitas vezes, ironicamente, a recursos tecnologicos disponibilizados pelas culturas que pretendem combater, nomeadamente a Internet.

Estas circunstancias se tornam, por um lado, mais facil a infiltracao de agentes dos Servicos de Informacao complicam muito mais, por outro, a deteccao e a prevencao do ataque pelo caracter erratico e imprevisivel das accoes.

Mas apertar mais as regras e procedimentos da seguranca interna, aumentar restricoes e controlos apenas conduzira a um inconsequente e acefalo dispendio de recursos que tanta falta fazem noutras areas de intervencao social.

E isto sem considerar a complexidade de accoes e reaccoes que uma sociedade excessivamente securitaria originara, com todo o seu cortejo de defensores radicais dos direitos e liberdades fundamentais, de xenofobia, de bunkerizacao dos ricos e poderosos, de limitacoes ao comercio e ao acesso a informacao, etc.

Morto Bin Laden ou um qualquer caudilho Taliban ou Hamas ou Hezbollah, outro surgira mais fanatico e mais sedento de martirio e de vinganca.

Procurar responder ao problema sem encarar uma solucao global, participada e sustentada por instancias internacionais de forma firme e permanente apenas ira contribuir para o aumento da escalada a medio prazo.

Qualquer imprudente aventura belicista, tao do agrado do complexo industrial de guerra americano, apenas servira objectivamente a interesses particulares, alguns deles bem pouco dignos.

Por exemplo, com os holofotes da ribalta virados para Bagdad, o governo israelita dificilmente desperdicara a oportunidade criada para acelerar e precipitar aquilo que alguns analistas ja chamam a Solucao Final da questao palestiniana.

Independentemente do castigo que deva ser exercido, de forma firme, dura e objectiva sobre os responsaveis dos paises e organizacoes que promovam ou alberguem terroristas, nao deixa de ser importante que nos questionemos sobre quais as razoes que levam tantos seres humanos a oferecerem voluntariamente a sua vida na execucao dos ignobeis actos a que assistimos.

Quando, de cabeca perdida, enraivecidos pela impotencia, os dirigentes americanos falam em extirpar o mal pela raiz, rogo a Deus que saibam do que estao a falar.

Se, no seu maniqueismo exacerbado, baseado na reducionista classificacao do Mundo em companheiros do Mal e camaradas do Bem, pretendem apenas castigar (e justamente, em meu entender) organizacoes e Estados que tem promovido ou apoiado grupos terroristas, entao as vitimas do holocausto de Nova Yorque e Washington terao morrido em vao.

Porque, morto Bin Laden ou um qualquer Taliban ou Hamas ou Hezbollah, outro surgira mais fanatico e mais sedento de martirio e vinganca.

Uma imprudente aventura belicista, tao do agrado do complexo industrial de guerra americano, apenas servira objectivamente para criar uma oportunidade a Israel de acelerar e precipitar aquilo que alguns analistas ja chamam a Solucao Final da questao palestiniana.

Talvez seja politicamente incorrecto trazer a colacao a necessidade de reflexao sobre a origem do profundo desespero e odio que leva tantos seres humanos a oferecerem voluntariamente a sua vida, volatilizando-se nos ignobeis actos a que assistimos. Mas essa e uma das chaves do problema.

Os alicerces do Mundo Ocidental, fundados sobre os caboucos da Revolucao Francesa, estao a ser abalados de forma extrema.

Estamos a pagar pelas promessas incumpridas de Eldorados abastados, livres, democraticos, que gradualmente fomos inculcando por esse mundo fora.

Postos perante a dura realidade de descobrirem que apenas foram peoes utilizados numa Guerra de Sombras que nao lhes dizia respeito, essas sociedades manifestam hoje a sua reaccao, revoltando-se perante os que consideram ser os responsaveis objectivos pelo seu frustrado futuro.

Tal estado de espirito e facilmente aproveitado pelos fundamentalismos religiosos e politicos que apocalipticamente apresentam o Ocidente e a suas imagens de marca culturais como a incarnacao do Mal.

Desde o principio da Idade Moderna que nos tem vindo a dizer que Deus sera irreversivelmente enterrado qualquer dia e que a Gloria era, afinal, uma galderia e o Heroi o seu proxeneta.

Dizem os Materialistas que o grande impulsionador social e o Ouro.

Acontece, porem, que as culturas de que falamos nao sao filhas de Marx, nem sobrinhas de Freud nem netas de Rousseau, pelo que Deus, Gloria e Heroi tem um significado que, para nos, ha muito se desvaneceu.

Provavelmente, tambem nao foi por acaso que o Ocidente foi atingido naquilo que e uma joia da realizacao humana, as modernas torres de Babel, construidas pelos novos Prometeus, simbolos de um atraente mas igualmente arrogante modelo de progresso e desenvolvimento.

Para que no ambito das relacoes internacionais se possa construir uma sustentacao coerente e consistente do processo anti-terrorista, ha que abandonar rapidamente o primado da Realpolitik, com os seus dois pesos e duas medidas.

Se consequencia politica ha a tirar deste tragico incidente, e que a globalizacao, ou melhor, o Mundialismo enquanto sua expressao politica, tem de abandonar rapidamente esse pragmatismo hipocrita, com os seus dois pesos e as suas duas medidas.

Pondera-se o valor da vida humana consoante a origem social, racica, religiosa, cultural, politica, etc..

Suspeita-se de Berlusconi mas acarinha-se Fidel. Acolhe-se a China mas persegue-se a Servia.

Recrimina-se a revolta dos Palestinianos mas olha-se para o lado quando do terrorismo israelita.

Embrulhada em roupagens voluptuosas de Fraternidade, Liberdade e Igualdade universais esta politica e, no entanto, cinicamente baseada apenas numa estrita logica de Poder e dos interesses dos grandes lobbies que pretendem governar o Mundo.

Marginaliza e proletariza uma parte substancial da Humanidade, lancando-a num ghetto de desespero e raiva que rapidamente se transforma em alfobre de terroristas sem escrupulos nem piedade.

Se nao decidirmos empreender uma cura que passe pela tomada de consciencia de novos valores que procurem levar a resolucao das raizes do odio e do desespero, entao o problema so tendera a agravar-se.

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J. Luis Andrade.
 


Revista Arbil nº 62

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